sábado, 15 de maio de 2010

Triste história de Silvinha...

Silvinha é uma pequena bonita, quadris largos, cintura fina, lindos cabelos, um pouco provinciana e sem muito senso estético mas nada que atrapalhe o gingado do seu rebolado.
Silvinha tem namorado, um cara de sorte diriam pois tem a sorte de desfrutar de todos os gracejos de Silvinha se vangloriando aos quatro cantos por ter sido o primeiro e único homem de sua vida. Silvinha agora com 22 anos, namora o tal rapaz desde os 16 e foi com ele que a jovem descobriu as artimanhas do amor.
Silvinha se confessa apaixonada, nas palavras dela, doente de amor.
Custo a crer em tal expressão até que a mesma me relata o que acaba de acontecer. Segundo ela, desde o início do namoro o rapaz apronta e agora, fez aquilo que ela considera ser o pior de todos os casos.
Em pleno aniversário de Silvinha, ela resolve dormir na casa do namorado esperando uma super festa de aniversário, toda bonita e cheirosa. Ele então, dizendo precisar resolver um problema do amigo, sai de casa prometendo voltar logo.
Silvinha espera uma hora, duas, três e nada do problema ser resolvido. O celular desligado, ninguém sabe para onde ele foi ou que amigo é esse. Lá pelas tantas Silvinha resolve ir para casa sozinha e aos prantos.
No dia seguinte, ao atender a porta, Silvinha se depara com lindas rosas vermelhas e um cartão "apaixonado". O rapaz com lágrimas nos olhos tenta justificar o sumiço e contornar a história. Apaixonada que é, Silvinha resolve acreditar no namorado e perdoá-lo pelo desaparecimento na noite anterior.
Para compensá-la, ele resolve levá-la para almoçar com seus pais. Silvinha entra no carro enquanto o namorado fala ao telefone. No carro, Silvinha dá de cara com uma nota fiscal com a data da noite anterior e o horário do pagamento de uma soma no valor de R$ 190, 00.
Silvinha não conhecia aquele estabelecimento de nome AMADEU SALES LTDA. Resolve então ligar para o número de telefone que está na nota e ouvi do outro lado da linha a seguinte frase: DIPLOMATA MOTEL boa tarde. 
Em choque, Silvinha não consegue dizer nada, desliga o telefone e atordoada não sabe o que fazer.
Quando o namorado entra no carro, Silvinha tenta esboçar um sorriso e disfarçar o acontecido. Vai para o almoço em família, sorri é amigável e não deixa transparecer o ocorrido.
Ao voltar para casa Silvinha dá uma desculpa de que não se sente bem e vai para seu quarto chorar o presente de aniversário que ganhou. Sem falar com ele, sem pedir explicações, sem xingar ou protestar, sem matar (porque nesse caso, diante de tanta safadeza, o mínimo que ele merecia era a morte, e duvido que alguém conseguisse condená-la por isso).
Mas Silvinha não fez nada. Silvinha continuou com ele como se de nada soubesse. Tudo em nome do seu amor doentio (que eu classifico como burrice ou falta de amor próprio) e em nome de uma promessa de casamento que, se acontecer, trará ainda mais sofrimento.

Tenho pena de tantas Silvinhas que estão por aí ostentando um namoro desrespeitoso, isso sem levar em conta outras coisas. Tenho pena dessas mulheres que se gostam tão pouco que são capazes de aceitar uma barbaridade dessas em nome de um sentimento que pode ser chamado de qualquer outra coisa, menos de amor. Tenho pena dessa pessoa tão infeliz que é capaz de aceitar ser capacho de alguém e tenho pena desse idiota que ela chama de namorado por ser tão cafajeste mesmo achando que a maior culpa disso tudo é dela.

Essas coisas me deixam indignada.

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