quarta-feira, 30 de junho de 2010

Eu queria encontrar um sentido pra todas as coisas. Porque não somos sempre felizes? Porque temos que ficar longe de quem mais amamos? Porque quem amamos sempre vai embora? Porque perder é tão difícil? Porque você não está aqui agora?

Não sei quanta falta eu sinto..mas sei que sinto.. TODOS OS DIAS DA MINHA VIDA. Todos os dias. Em cada momento, feliz ou triste, em cada novidade contada, em cada conquista. 
Em tudo isso, o que mais consigo enxergar é a falta gigantesca que o s eu amor me faz. Falta de me sentir protegida e amada...absolutamente amada. A mais amada das mulheres do mundo. Você era meu guardião protetor. Meu mosqueteiro.
O sorriso de todas as manhãs...a voz mansa ao me dizer bom dia e sussurrar o boa noite. Os dedos firmes acariciando meus cabelos..a barba rala arrepiando meus pêlos.
Hoje mais que qualquer dia ...eu precisava de você aqui.
...mas quem disse que o que eu preciso importa?....é..não importa.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Ô carencia dos infernos...

Mulher carente deveria ser retirada de circulação, proibida de sair na rua , colocada em camisa de força até que o estágio crítico passe.
Caso contrário, ela poderá fazer todas as piores burrices do mundo e ainda encontrar explicações plausíveis para o feito. Ô céus...eu sou um ser carente...e faço burrices homéricas em nome dessa falta não sei de que ou de quem...
Coisas do tipo ficar com um cara que não tem absolutamente nada a ver comigo e que tem uma namorada/noiva há uns dez anos e eu conheço a criatura..ô céus..tragam a guilhotina...

Pensam que é só isso..não não...um minutinho só...A tal carência também já serviu de desculpa para ficar com o meu professor/orientador e o cara realmente não tem nada a ver comigo...

Pra terminar a odisseia e ir ali tomar um rivotril dose extra, vou confessar minha última sandice. Entrei no antigo MSN..aquele que deveria ter excluído a tempos mas não tive coragem de fazê-lo e então...lá está o cara fofo que mora em Recife e que me fez feliz durante um tempo mas depois sumiu no mundo. E ele é meu número e eu queria/quero ficar com ele outra vez. Então que conversamos ontem hooooooras no MSN e eu aqui suspirando de apaixonada e ele tá vindo me ver....e depois eu já sei que ele vai embora e vai sumir outra vez e eu vou ficar aqui toda apaixonadinha e me sentindo a mais burra das mulheres por ficado com ele...mas a culpa é da carência. Eu não posso ser responsabilizada.

sábado, 26 de junho de 2010

Casa nova....



Cabelo novo...



Emprego novo...




Amor novo???
Não, acho que não...

domingo, 20 de junho de 2010

As coisas estão mais lindas...

Como mágica..tudo ficou melhor. Continua tudo relativamente igual mas derrepente, as cores mudaram.
Talvez porque amanhã vou me mudar definitivamente. E o lugar é lindo. Vou morar sozinha como sempre sonhei.
Talvez porque eu percebi que aqui pode ser o meu lugar (pelo menos por enquanto) e não faz sentido eu me trancar para o mundo. Tenho que viver a minha realidade e ser feliz com ela.
Não quero mais fazer planos a longo prazo. Ou talvez os planos estejam mudando um pouco de direção.
A saudade da família e dos amigos é grande mas não posso parar de viver por causa disso. Afinal eles não estão tão longe assim.
E eu lutei muito para estar aqui, seria até injusto eu não aproveitar esse momento.
Tenho certeza que as coisas vão se encaminhar...





"Deixa estar que o que for pra ser vigora..."

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Diário de uma mulher sozinha...

Sozinha que não significa SÓ estar solteira. Sozinha é uma categoria bem mais ampla...gigantesca. E novamente eu não queria cair na repetição infundada ou não da minha cabeça que teima em repetir loucamente que "se uma pessoa me falta, o mundo todo está despovoado". E o que fazer quando o que falta não é apenas uma pessoa mas várias, dezenas até.
Sinto falta muito mais do que de um homem que me acompanhe.
Sinto falta da minha mãe com quem não falo à dias e que por conta de um telefone quebrado não consegue se comunicar comigo. (Na era da comunicação isso é possível?)
Sinto falta das minhas irmãs e das minhas sobrinhas. De acompanhar o cotidiano delas e de sorrir com as pequenas coisas de cada uma.
Sinto falta das minhas amigas queridas que se estivessem aqui, certamente estaríamos em qualquer bar da cidade comemorando a apresentação da minha monografia.
Sim, eu apresentei hoje. E foi lindo, foi emocionante. Ouvi dos professores coisas maravilhosas. Qualidades que não consigo enxergar mas que eles insistem em dizer que são minhas. Sim foi um dez. Um dez bonito, intenso, verdadeiro.
Mas quem estava lá para sorrir e chorar comigo?
Quem estava lá para comentar tudo que ouvi e festejar comigo esse momento.

Não é fácil a vida de uma mulher sozinha. Principalmente se ela está entre pessoas, todas elas acompanhadas. Então, os que estavam assistindo a apresentação, tinham filhos e maridos e namorados para encontrar. E eu tinha que vir pra casa. Eu estava cansada, com a cabeça doendo pelo nervosismo da apresentação. Eu não tinha o que dizer. Eu me senti envergonhada em dizer que estava sozinha e que queria ir a algum lugar conversar sobre a noite e beber qualquer coisa. 
Eu não queria que percebessem o tamanho da minha solidão. A tristeza por trás do sorriso. A frustração disfarçada de alegria.

E o que foi esse momento pra mim? Não foi nada...apenas mais uma noite em que eu não pude estar com quem queria. Apenas mais uma noite em que senti saudade....de um tempo que eu nunca vivi mas que eu sei que foi bom..mesmo que tenha sido só nos meus sonhos...

terça-feira, 15 de junho de 2010

...

Sabe aquelas mudanças que chegam e que deixam sua vida de pernas pro ar. Em poucos dias o final da residência de dois anos, amigos indo embora, despedidas quase diárias. Casa nova, trabalho novo...sentimentos velhos.

Eu queria que você estivesse aqui para dividir isso comigo. 
É você. Você que nem lembra mais que eu existo. Você que segue sua vida sem ter consciência do tamanho da falta que me faz. Você que foi o melhor e o pior desses dois anos. Você que não merece, não se importa, não existe...

domingo, 13 de junho de 2010

....

Vou apresentar a minha monografia quinta que vem... nervosa.. feliz... ansiosa.

Espero que as coisas funcionem, espero que a banca não me detone muito...

Eu tenho um monte de coisas para dizer aqui mas não com paciência nem vontade de escrever...
Depois eu volto quando estiver melhor e menos chata.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

...

EU QUERO IR EMBORA...

Porque as coisas não tem mais graça
e eu não consigo mais respirar o ar dessa cidade.
As pessoas me sufocam, os afazeres repetidos me cansam,
esgotam minhas forças e me deixam em frangalhos.
Porque não tenho aqui os melhores amigos do mundo,
não está aqui o amor que tanto busco.
Aqui não encontro a brisa gostosa de uma tarde na praia
nem a suavidade de uma noite fria olhando a lua...

Eu não quero mais ficar nem por um minuto.
E me massacra saber que terei de ficar por muito mais que isso.

domingo, 6 de junho de 2010

Um ano depois...

Incrível como as coisas mudam.
Há um ano atrás o cenário era o seguinte:
Eu estava vivendo um conto de fadas. Namorava o Sr. Perfeito. Carinhoso, inteligente, me mimava muito, tocava baixo, cozinhava bem. Ou seja, eu tinha acertado todos os números da Mega Sena e era a única ganhadora. Foi uma paixão fulminante. Poucos meses de namoro e já falávamos em casamento. Fazíamos planos de forma a fazer caber uma vida na outra.
Tudo seria perfeito desde que conseguíssemos suportar a distância. E nós não conseguimos.
Viajei com a mala cheia de esperanças e certezas.
Voltei poucos dias depois tentando juntar meus cacos e tendo que recomeçar.
Sabe quando você está dirigindo em uma estrada sentindo o sol e o vento, agradecendo todos os momentos a Deus por estar nessa situação e, derrepente, sem perceber você entra em uma outra estrada cheia de buracos que te chacoalham, e as nuvens pesadas de chuva escurecem o céu. E você perde seu mapa de viagem e não sabe mais que caminhos seguir?

Era assim que estava me sentindo. Fui atropelada pelos acontecimentos. E não existia nenhuma placa com letreiros gigantes e luminosos me avisando do perigo.
Eu pensei que não conseguiria superar isso nunca.
Passei meses remoendo a dor que parecia sem remédio, revivendo cada lembranças, chorando todas as noites e acompanhando a história dele que agora seguia em caminho oposto ao meu.
Joguei fora tudo que de alguma forma me fizesse lembrar. Quis ter tudo de volta no momento seguinte. 
Me fechei para o mundo. Parei de olhar em volta. Esperei por uma reconciliação que nunca aconteceu.

Agora, a estrada volta a ficar iluminada. Já consigo enxergar o clarão do sol a minha frente.
Perdi o medo de várias coisas que me assustavam, e aprendi que tempestades surgem sem que a gente espere e que, quase sempre nos pegam despercebidos..mas elas da mesma forma que chegam, vão embora. Deixam marcas, cicatrizes mas também nos deixam mais fortes.

Tenho certeza que na próxima tempestade as coisas já não parecerão tão difíceis assim.
E se as coisas mudaram tanto de uma hora para outra, quem garante que isso não pode acontecer novamente?

Meus cacos já estão colados novamente....e como só Drummond consegue dizer...

 "...O primeiro amor passou
O segundo amor passou
O terceiro amor passou
Mas o coração continua..."

terça-feira, 1 de junho de 2010

Eu escrevo cartas...

Desde criança gosto de escrever cartas de amor... Sim, eu sei que "todas as cartas de amor são ridículas...não seriam cartas de amor se não fossem ridículas...". Mas enfim, começou com a minha irmã mais velha que na época que trocava cartas sempre me pedia para escrever por ela. Então eu escrevia coisas super melosas, falava de um amor que eu (ela) supostamente sentia e sempre era infalível.
Depois foi na faculdade. Escrevi cartas de amor aos namorados das minhas amigas, e nelas, colocava todo sentimento que eu sonhava sentir. Mas as histórias nunca eram minhas, os sentimentos sim.

O mais engraçado em tudo isso é que nunca enviei uma única carta para um amor que fosse meu. Sempre escrevi para o amor dos outros e isso, vez por outra doía. 

Doía porque em certo ponto eu sentia inveja da minha irmã, das minhas amigas..e do que elas conseguiam construir com seus amores. Eu nunca tive jeito para isso. Eu não acho fácil falar do que sinto. Para mim é sempre mais seguro falar dos sentimentos dos outros.

"E eu te excito, sem que venhas a notar
que esses lábios que tu beijas são os dela,
mas são minhas as palavras que te tocam".


Manuel Bandeira